sábado, 25 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Sobre performance.
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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Avesso.
Só, estando em qualquer lugar que seja, escreve os versos. É só isso que faz, escrever. Minto. Escrever e pensar sobre como seria o avesso. Pensa sobre escrever e escreve sobre o pensamento. Se distrai com os versos, pensando em como seria ter percorrido os outros diversos caminhos, como seria ter adentrado por qualquer outra viela estreita. Até porque não importa aonde se quer chegar, há vários caminhos possíveis. E para além disso, ainda digo: há várias maneiras diferentes de se percorrer o mesmo caminho. Há os que seguem lento, os que aproveitam a paisagem, os que andam por andar. E, digo ainda mais, para cada jeito de se percorrer um caminho, há uma passada distinta. Um andar lento, cuidadoso, pra direita, pra esquerda, para trás. E escrevia. Por hora, sentia que o caminho era o mesmo de sempre, sem perspectiva no horizonte distante, o andar era monótono e a passada, de andar as vezes trôpego, as vezes constante (mas não se engane, a constância era apenas pra ver aonde o caminho iria dar). Senta. Escreve. Pensa em entrar na próxima viela. Levanta e continua a andar. Só o que faz é escrever os versos. Minto. Escrever e pensar sobre como seria o avesso...