quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Janela.

Todo poema é belo.
Quer poesia maior
Do que o desabrochar
De um primeiro verso?

sábado, 7 de novembro de 2009

Centrífuga.

Em um dado momento da minha vida,
Lucidou-se em mim um certo costume:
O de andar por vielas onde já não se há,
Ao certo, um certo costume de se andar.
Passeio distante dos passeios urbanos,
Percolo-me por entre as frestas citadinas
Procurando pelas brechas da sociedade,
Os bancos vazios, os botecos escondidos,
Os coletivos que não fazem juz ao nome
E é assim o meu repouso, o meu alívio.


Tão lúcido como esse certo costume,
É certo, para mim, a sua razão de ser.
Por certa razão, me entendo melhor.
Escuto os diálogos da minha mente
Entre os meus eus e as suas correntes
Escruto-me intrinsecamente
E descubro que uma coisa é certa:
Só sou eu quando eu sou só,
E vice-versa.