quinta-feira, 6 de outubro de 2011

V

(Guri vez em sempre tinha desvarios.
Tava parado de poste, sentado na tarde
Moda um murundu de cupinzeiro.
Quase se confundia com pedras
a não ser pelo olhar de eternidades.
De forma que me acheguei
pra desvirginar o silêncio:
- Qual a ocasião da vez, guri?
Me olhando só de ouvido:
- Tomando aula de engenharia.
Guri era esmerado em aprender ofícios.
Em frente só um campão pra sempre
borrado de um João-de-Barro.
Ele adquiria funções de ser útil
feito um balde no deserto.)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

IV

Guri alcançou dessaber técnico
Ficou jeito de um pau-ôco sem margens.

Em pra ver seus contornos
precisa desvirar a perspectiva pelo avesso
e acender as aderências internas.
Quem vê de grandeza as coisas
desocupadas de importância tange ele.
Ou que ao menos de miudez as coisas celestes.

Por conta que só os estrábicos
alcançarão seu reino.
O reino nenhum.