sábado, 31 de dezembro de 2011

Caos-germe

Só as sombras me aclareiam.
Do caos foi feita minha ordem
De meus abortos nasceu um germe
Numa conjunção de fins se deu meu início
Como que por bernes fui acometido pelas palavras -
Elas servem de lamber ferrugens.

Sou moda um navio náufrago aonde vieram pastar peixinhos

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ao invisível ele é muito pertencido

Ao invisível ele é muito pertencido
Escuro toma partido dele
Sua voz - abismo e as águas

A luz ofusca o escuro das coisas -
No intervalo entre dois silêncios.

O lôbrego faz firme a fosca
linha dois feixes luminosos;

Na turvação das nuvens
se alcança contornos de sol
-
Falou isso sem sufixos.

Desentendi esses varêios do dizer
Nem não estava em posse de teorias -
Fiz declínio.

Retrucou isso fosse ponta do princípio.

Ele trazia arestas pros meus joelhos -
Retumbo das estrelas se faz nos escuros
Esse vanilóquio - solto no vento, e eu.
Estive sem calças mão em bolsos?
Isso era?
Pode que seja.