Ele se esforça. Passo após passo, os movimentos se repetem circulares. Dada certa quantidade de degraus, julga concluído um novo giro, trezentos e sessenta graus completos ao redor do eixo. Mas, na verdade, chega um momento que pela repetição exaustiva, já não sabe o que é início e o que é fim de volta. Como quem tenta pronunciar repetidamente uma frase trava-língua e na terceira repetição já não tem certeza do que está dizendo. Contudo, pensa em como valerá apena o seu penar velado depois de todo o esforço, quando o topo lhe favorecer a vista, pairando calma, acima da cidade. Por hora, é subir novos degraus, avançando no espaço sem horizontes.